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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

O Gás de Xisto

O gás de xisto, ou "gás não convencional", é um gás natural encontrado em uma rocha sedimentar porosa de mesmo nome. 



O gás é basicamente o mesmo que o derivado do petróleo, mas a forma de produção e o seu invólucro são diferentes. E é aí onde entra a grande trama.

A extração do gás de xisto ocorre por meio de um processo chamado de fracking, ou fraturamento hidráulico.

O Processo

Comprimido no interior da rocha sedimentar porosa, a técnica utiliza as fraturas produzidas pela alta pressão hidráulica e introdução de água, areia e uma mistura de produtos químicos, possivelmente alguns tóxicos, no interior do reservatório, o que permite que o gás flua e seja extraído. 


Panorama atual

Alguns analistas esperam que o gás de xisto aumente grandiosamente o fornecimento de energia em todo o mundo. Estima-se que a China tenha as maiores reservas, com aproximadamente 1000 trilhões de pés cúbicos. Sendo que 1 pé cúbico equivale a aproximadamente 28,3 litros.

O Brasil também tem bastante!
Estima-se que o Brasil tenha uma reserva natura de aproximadamente 245 trilhões de pés cúbicos.

Política

Uma revisão de 2013 do Departamento de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido observou que a maioria dos estudos sobre o assunto estimou que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do ciclo de vida do gás de xisto são semelhantes às do gás natural convencional, e são muito menores do que aquelas do carvão, geralmente cerca de metade das emissões de gases de efeito estufa do carvão; a exceção observada foi um estudo de 2011 de Howarth e outros da Cornell University, que concluiu que as emissões de GEE do xisto eram tão altas quanto as do carvão.

O governo de Barack Obama às vezes promoveu o gás de xisto, em parte por acreditar que ele libera menos emissões de gases de efeito estufa (GEE) do que outros combustíveis fósseis. Em uma carta de 2010 ao presidente Obama, Martin Apple, do Conselho de Presidentes da Sociedade Científica, alertou contra uma política nacional de desenvolvimento de gás de xisto sem uma base científica mais certa para a política. Esta organização guarda-chuva que representa 1,4 milhão de cientistas observou que o desenvolvimento de gás de xisto "pode ​​ter maiores emissões de GEE e custos ambientais maiores do que anteriormente avaliado." 

No final de 2010, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos emitiu um relatório que concluiu que o gás de xisto emite maiores quantidades de metano, um potente gás de efeito estufa, do que o gás convencional, mas ainda muito menos do que o carvão. O metano é um poderoso gás de efeito estufa (Obs.: O efeito estufa é uma teoria sem muita base científica), embora permaneça na atmosfera por apenas um décimo do período que o dióxido de carbono. 

Evidências recentes sugerem que o metano tem um potencial de aquecimento global (GWP) que é 105 vezes maior do que o dióxido de carbono quando visto em um período de 20 anos e 33 vezes maior quando visto em um período de 100 anos, comparado massa a massa.
Geologiasemfronteiras: Ok, mas de onde vêm essas "evidências"? Ninguém deixou isso claro. A princípio parece apenas uma jogada política. Mas, não estamos aqui para ditar as regras. Você também tem direito de pesquisar e tirar a sua própria conclusão.

Vários estudos que estimaram o vazamento de metano do ciclo de vida do desenvolvimento e produção de gás de xisto encontraram uma ampla gama de taxas de vazamento, de menos de 1% da produção total a quase 8%.



Geologia

Como os xistos normalmente têm permeabilidade insuficiente para permitir um fluxo significativo de fluido para um furo de poço, a maioria dos xistos não são fontes comerciais de gás natural. 

O gás de xisto é uma de várias fontes não convencionais de gás natural; outros incluem metano de leito de carvão, arenitos compactos e hidratos de metano. 

Os xistos que hospedam quantidades relevantes de gás têm várias propriedades comuns. 

Eles são ricos em material orgânico (0,5% a 25%), e são geralmente rochas geradoras de petróleo maduras na janela de gás termogênico, onde o alto calor e pressão converteram o petróleo em gás natural. 

Eles são frágeis e rígidos o suficiente para manter fraturas expostas.

Nossa opinião

Do jeito que está, não podemos continuar explorando.
Visto que não podemos enxergar o que está ocorrendo debaixo da terra durante a exploração, não temos o controle de possíveis contaminações.

Mas sim, devemos estudar novas tecnologias para abater essa possível contaminação (nem sabemos o quão real ela é). Até porque, o gás de xisto é absurdamente abundante e pode trazer energia para todos os habitantes da Terra. Por muitos anos.

O Geologia sem Fronteiras não é contra os combustíveis fósseis. 
Nós somos a favor da mensagem e as notícias serem passadas com clareza e detalhes.

Se caso a forma atual de exploração e extração sejam, de certa forma, danosas para o meio ambiente, que estudemos formas mais modernas e seguras. Mas não abrir mão da abundância energética de nosso planeta.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Montanha de Sete Cores, Peru - Explicado

 


Vinicuna

Cerca de 100 km a sudeste de Cusco, no Peru, existe um arco-íris em forma de montanha. É a Montanha das Sete Cores, também conhecida como Vinicunca ou Arco-íris, situada na Cordilheira do Vilcanota, 5,2 mil metros acima do nível do mar, no distrito de Pitumarca.

Vinicunca está localizada ao sudeste da cidade de Cusco e pode ser alcançada de Cusco por duas rotas: Cusipata ou Pitumarca. Uma das rotas é pela Sierra del Sur peruana (PE-3s) em direção à cidade de Checacupe, e mais adiante até a cidade de Pitumarca, que fica a cerca de duas horas da cidade de Cusco. De Pitumarca, os viajantes podem ir a pé, de carro ou de moto por uma trilha que passa por várias comunidades rurais, como Ocefina, Japura e Hanchipacha, e chegar à comunidade de Pampa Chiri, onde uma caminhada de 1,5 km ao longo do passo Vinincunca leva ao natural formação com faixas de cores que dão o nome de Rainbow Mountain. Uma rota alternativa é via Cusipata. De Cusipata, os viajantes podem caminhar por 3 km ao longo da rota Chillihuani ao longo de um caminho de freio para a Montanha do Arco-íris.



A altitude da Montanha do Arco-Íris sendo em torno de 5.200 metros ou mais de 17.000 pés, pode ser necessário tempo para se aclimatar à alta altitude durante a caminhada até o cume.

Mas do que é feito esse "arco-íris geológico"?

Segundo o Escritório de Paisagismo Cultural da Descentralização da Cidade de Cusco, as sete cores da montanha são devidas à sua composição mineralógica: 

A cor rosa se deve ao barro vermelho, fangolitas (lama) e arilitas (areia); 

A coloração esbranquiçada é devida ao quartzoso, arenito e margas, ricos em carbonato de cálcio; 

O vermelho deve-se as argilas com ferro e argilas pertencentes ao período Terciário Superior (Neogeno); 



A verde deve-se aos filitos e argilas ricas em ferro magnesiano; 

O marrom terroso é um produto do fanglomerato composto de rocha com magnésio pertencente ao período quaternário; 

A cor amarela mostarda provém dos arenitos calcários ricos em minerais sulfurosos.

Preservação

Em 2019, como resultado do trabalho conjunto entre o Ministério do Meio Ambiente e o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp), Ausangate foi finalmente estabelecida como uma das três novas Áreas de Conservação Regional. Representantes do governo fizeram o anúncio durante o evento COP25 em Madrid. Segundo o gerente de recursos naturais de Cusco, a medida de proteção à área não garante a proibição dos projetos de mineração que pretendem extrair lítio. No entanto, o governador de Cusco, Jean Paul Benavente, disse que as autorizações para esses projetos devem ser recusadas a fim de cumprir a medida.


quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Geologia Marinha - Sobre


O intuito deste post e de vários outros que vou criar neste modelo é, mostrar para os estudantes, ou futuros estudantes de geologia, a vasta gama de áreas que existe disponível no mercado.

Não é apenas petróleo e mineração.

A Geologia Marinha (Marine Geology) é inacreditavelmente grande e interessante. E o mais importante, nunca vai acabar. Está em plena expansão.



O Que É a Geologia Marinha?

A geologia marinha, chamada também de oceanografia geológica é o estudo da história e da estrutura do fundo do oceano. Enquadra investigações geofísicas, geoquímicas, sedimentológicas e paleontológicas do fundo do oceano e das zonas costeiras. A geologia marinha é bem conectada com a geofísica e a oceanografia física.

Os estudos geológicos marinhos foram de extrema importância no fornecimento de evidências críticas para a expansão do fundo do mar e as placas tectônicas nos anos após a Segunda Guerra Mundial. O fundo do oceano é a última fronteira essencialmente inexplorada e o mapeamento detalhado em apoio aos objetivos militares (submarinos) e econômicos (mineração de petróleo e metal) impulsiona a pesquisa.



Quem é responsável por isso no Brasil?

A Divisão de Geologia Marinha – DIGEOM desenvolve atividades de pesquisa em áreas costeiras, na plataforma continental jurídica e em regiões oceânicas profundas fora do limite da Zona Econômica Exclusiva - ZEE.

Onde posso estudar Geologia Marinha?

O Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica - CECO, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, é o mais avançado centro de pesquisa nessa área em toda a América Latina, com nível de mestrado e doutorado.

A Geologia Marinha é uma Pós. Então é interessante também, se possível, cursar em outros países.
Aqui estão algumas universidades internacionais que dispõem desse curso:

- Universidade de Otago, Nova Zelândia
- Universidade do Alabama, Estados Unidos
- Universidade de Miami, Estados Unidos
- Universidade do Sul de Mississippi, Estados Unidos
- Universidade da Carolina do Leste, Estados Unidos
- MIT, Estados Unidos
- Universidade de Rhode Island, Estados Unidos
- Universidade de Zhejiang, China
- Universidade de Bergen, Noruega
- UiT, Noruega

Resumo

A geologia marinha é um campo relativamente novo, se comparado às outras áreas da Geologia.



Portanto, sim vale á pena se aventurar por essas águas, pois há muito a ser descoberto. Pense que a população mundial esta crescendo quase que descontroladamente. 
Cedo ou tarde teremos que recorrer à cidades flutuantes. Os geólogos marinhos terão muito trabalho.

Imagine que praticamente não existem centros de pesquisa marinha operando 24h em baixo d'água.
Há muito a ser feito nesse quesito também.
Para construir instalações físicas submarinas deve haver o trabalho de cientistas e engenheiros especializados na pressão da água, no subsolo marinho, na erosão salina e muito mais.


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Como funcionam os imãs?

 Da série: Perguntas que todo mundo faz para um geólogo

O que é um imã, e como isso funciona?

O problema não é responder a essa pergunta. O problema é quando uma criança de 10 anos pergunta isso.
E Albert Einstein já dizia, se você não sabe explicar um determinado assunto para uma criança de 10 anos, você mesmo não sabe o que você está falando.

Então bem. Vamos dar o nosso melhor aqui para que, mesmo que esse Blog é voltar para estudantes de Geologia, uma pessoa leiga possa entender o Imã. 



Ferromagnetismo

Bom, para começar esse assunto, devo declarar que o imã só atrai elementos ferromagnéticos.

Vou citar os três principais elementos ferromagnéticos:
- Ferro
- Cobalto
- Níquel

Ferromagnetismo é uma propriedade não apenas da composição química de um material, mas de sua estrutura cristalina e organização microscópica.

Um material ferromagnético tem um momento magnético espontâneo, um momento magnético mesmo em um campo magnético aplicado igual a zero. A existência de um momento espontâneo sugere que os spins dos elétrons e os seus momentos magnéticos estão arranjados de uma maneira regular.

Campo Eletromagnético

O pólo norte do ímã se alinha em direção ao pólo norte geográfico e o o pólo sul do ímã se alinha com o pólo sul geográfico, devido o campo magnético da Terra ser o contrário. Os pólos iguais se repelem e os pólos diferentes se atraem.

Por causa do movimento, constante, de Rotação do Planeta Terra, os metais líquidos se movem gerando uma corrente elétrica, e por consequência, um campo eletromagnético em suas partículas.

Esse campo eletromagnético é chamado de Eletrosfera e serve para proteger a Terra do excesso de raios solares.


Um íman é um dipolo, tem sempre dois polos, "norte" e "sul". Por definição, o polo sul de um íman é o que é atraído pelo polo norte magnético da Terra.

Detalhe: Os dipolos não podem ser separados. Se um íman for dividido ao meio, obtêm-se dois ímanes menores, cada um com um polo norte e um polo sul.

Resumo


Dentro das medidas do possível, acredito que explicamos para um leigo ou uma criança como funciona uma bússola, pelo menos.



Ela aponta para o Norte porque ela tem um imã, e o polo Sul de seu Ímã aponta para o polo Norte da Terra.

E os Metais Ferromagnéticos, bom. É um pouco mais complexo.

Seus elétrons são alinhados de uma forma diferente dos outros elementos químicos. 
O magnetismo origina-se na organização atômica dos materiais.

Cada molécula de um material é um pequeno íman natural, denominado de íman molecular ou domínio. Quando, durante a formação de um material, as moléculas se orientam em sentidos diversos, os efeitos magnéticos dos ímanes moleculares se anulam, resultando em um material sem magnetismo natural.

Se durante a formação do material, as moléculas assumem uma orientação única ou predominante, os efeitos magnéticos de cada íman molecular se somam, dando origem a um íman com propriedades magnéticas naturais. Que é o caso dos Metais Ferromagnéticos.

Não importa o quão aceitável pela comunidade científica mundial toda essa informação é considerada, tudo isso não passa de uma Teoria! Tudo isso é uma hipótese. 

Quem foi ao núcleo da Terra verificar que ele é composto de Ferro e Níquel? Quem tem uma ferramenta aguçada o suficiente para ver os polos Norte e Sul de cada elétron dos elementos?


Não estamos aqui para ditar a verdade, só estamos passando as informações que a ciência é capaz de aceitar por enquanto. Ainda há muito para ser estudado.

 


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Paleomagnetismo - Como sabemos a idade da Terra e de seus componentes geológicos

O estudo da evolução do campo magnético e polaridade terrestre em épocas geológicas passadas. 



Uma matéria fundamental na Geologia.
Com base no registo nas rochas contendo minerais ferromagnéticos , O estudo do magnetismo antigo, denominado paleomagnetismo ou magnetismo fóssil, é um instrumento fundamental para estudar a história da Terra.

Os paleomagnetistas trazem da hipótese da deriva 
continental e sua transformação em placas tectônicas. Trajetórias 
de deriva polar aparente forneceram a primeira evidência geofísica 
clara para deriva continental, enquanto anomalias magnéticas marinhas 
fizeram o mesmo para a propagação do fundo do mar. Dados paleomagnéticos 
continuam a estender a história das placas tectônicas no tempo, pois 
podem ser usados ​​para restringir a posição e o movimento antigos de 
continentes e fragmentos continentais.

Mas o que é essa "Deriva Continental?"


A teoria da Deriva Continental foi apresentada pelo geólogo e 
meteorologista alemão Alfred Wegener em 1913.




Wegener afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos, 
estiveram unidos numa única massa de terra no passado, por ele 
denominado de Pangeia (do grego "Terra única"), do Carbonífero 
superior, há cerca de 300 milhões de anos, ao Jurássico superior, 
há cerca de 190 milhões de anos, quando a Laurásia (atuais América do 
Norte e Eurásia) separou-se do Gondwana, que depois também dividiu-se, 
já no Cretáceo inferior.

Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este fato. 
A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final do 
século XVI, com o trabalho do cartógrafo Abraham Ortelius.




O paleomagnetismo baseou-se fortemente em novos desenvolvimentos no 
magnetismo das rochas, que por sua vez forneceu a base para novas aplicações 
do magnetismo. Isso inclui biomagnetismo, tecidos magnéticos (usados ​​como 
indicadores de deformação em rochas e solos) e magnetismo ambiental.

O paleomagnetismo é estudado basicamente em duas escalas:

- A variação geomagnética secular são as mudanças em pequena escala na direção 
e intensidade do campo magnético da Terra. O pólo norte magnético está 
constantemente mudando em relação ao eixo de rotação da Terra. O magnetismo 
é um vetor e, portanto, a variação do campo magnético é estudada por medições 
paleodirecionais de declinação magnética e inclinação magnética e medições 
de paleointensidade.

- A magnetostratigrafia, técnica de correlação geofísica usada para datar sequências sedimentares e vulcânicas, usa a história da reversão da polaridade do campo 
magnético da Terra registrado nas rochas para determinar a idade dessas 
rochas. Reversões ocorreram em intervalos irregulares ao longo da história da 
Terra. A idade e o padrão dessas reversões são conhecidos pelo estudo das 
zonas de expansão do fundo do mar e pela datação de rochas vulcânicas.



O procedimento:


Coletando amostras em terra
As rochas mais antigas do fundo do oceano têm 200 milhões de anos - muito novas se 
comparadas às rochas continentais mais antigas, que datam de 3,8 bilhões 
de anos atrás. A fim de coletar dados paleomagnéticos que datam de mais 
de 200 milhões de anos, os cientistas recorrem a amostras contendo magnetita em terra 
para reconstruir a orientação do antigo campo da Terra.

Paleomagnetistas, como muitos geólogos, gravitam em torno de afloramentos 
porque camadas de rocha estão expostas. Cortes de estradas são uma fonte 
conveniente de afloramentos feitos pelo homem.

Existem dois objetivos principais de amostragem:

- Recupere amostras com orientações precisas e

- Reduza a incerteza estatística.

Uma forma de atingir o primeiro objetivo é usar uma broca de perfuração de 
rocha com um tubo com pontas de diamante. A broca corta um espaço cilíndrico 
ao redor de alguma rocha. Isso pode ser complicado, a furadeira deve ser 
resfriada com água e o resultado é lama saindo do buraco. Neste espaço é 
inserido outro tubo com bússola e inclinômetro acoplados. Eles fornecem as 
orientações. Antes que este dispositivo seja removido, uma marca é riscada 
na amostra. Depois que a amostra é quebrada, a marca pode ser aumentada para 
maior clareza.

Aplicando a coisa


A evidência paleomagnética, tanto as reversões quanto os dados de errância 
polar, foram instrumentais na verificação das teorias da deriva continental 
e das placas tectônicas nas décadas de 1960 e 1970. 

Algumas aplicações de 
evidências paleomagnéticas para reconstruir histórias de terranos continuaram 
a despertar controvérsias. 

A evidência paleomagnética também é usada na 
restrição de possíveis idades para rochas e processos e na reconstrução das 
histórias deformacionais de partes da crosta.

A magnetostratigrafia de reversão costuma ser usada para estimar a idade de 
sítios contendo fósseis e vestígios de hominídeos. Por outro lado, para 
um fóssil de idade conhecida, os dados paleomagnéticos podem fixar a latitude 
em que o fóssil foi depositado. 

Essa paleolatitude fornece informações sobre o 
ambiente geológico no momento da deposição.

Estudos paleomagnéticos são combinados com métodos geocronológicos para 
determinar idades absolutas para rochas nas quais o registro magnético é 
preservado. 

Para rochas ígneas como o basalto, os métodos comumente usados ​​
incluem a geocronologia de potássio-argônio e argônio-argônio.

Cientistas da Nova Zelândia descobriram que são capazes de descobrir as 
mudanças anteriores no campo magnético da Terra estudando fornos a vapor de 
700 a 800 anos, ou hangi, usados ​​pelos Maori para cozinhar alimentos.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Escala de Mohs

O que é

Na mineralogia existe uma maneira de diferenciar a resistência/dureza das rochas.
Em 1812, um homem chamado Fredrich Mohs inventou uma escala de dureza chamada Escala de Mohs, que ainda é usada hoje.

Ele selecionou dez minerais padrão e os organizou em ordem crescente de dureza. O talco, por exemplo é o mais fácil de ser quebrado. E o diamante, por outro lado, é o mais duro. Cada mineral pode riscar apenas os que estão abaixo na balança.


Esta escala não corresponde à dureza absoluta de um material. Por exemplo, o diamante tem dureza absoluta 1.500 vezes superior à do talco. 

Entre 1 e 9, a dureza aumenta de modo mais ou menos uniforme, mas de 9 para 10 há uma diferença muito acentuada, pois o diamante é muito mais duro que o corindon (ou seja, que o rubi e a safira).

Talco (1) >>> Dureza Absoluta (1)
Gipsita (2) >>> Dureza Absoluta (3)
Calcita (3) >>> Dureza Absoluta (9)
Fluorita (4) >>> Dureza Absoluta (21)
Apatita (5) >>> Dureza Absoluta (48)
Feldspato (6) >>> Dureza Absoluta (72)
Quartzo (7) >>> Dureza Absoluta (100)
Topázio (8) >>> Dureza Absoluta (200)
Corindon (9) >>> Dureza Absoluta (400)
Diamante (10) >>> Dureza Absoluta (1600)



A escala de dureza mineral de Mohs é baseada na capacidade de uma amostra natural de mineral de arranhar outro mineral visivelmente. As amostras de matéria usadas por Mohs são todos minerais diferentes. 

Os minerais são sólidos quimicamente puros encontrados na natureza. As rochas são compostas de um ou mais minerais. Como a substância natural mais conhecida quando a balança foi projetada, os diamantes estão no topo da balança. 

A dureza de um material é medida em relação à balança, encontrando o material mais duro que um determinado material pode riscar ou o material mais macio que pode riscar o material fornecido. 

Por exemplo, se algum material é arranhado por apatita, mas não por fluorita, sua dureza na escala de Mohs cairia entre 4 e 5. 

"Arranhar" um material para os fins da escala de Mohs significa criar deslocamentos não elásticos visíveis a olho nu. 

Freqüentemente, os materiais que são mais baixos na escala de Mohs podem criar deslocamentos microscópicos e não elásticos em materiais com um número maior de Mohs. 

Embora essas deslocações microscópicas sejam permanentes e, às vezes, prejudiciais à integridade estrutural do material mais duro, elas não são consideradas "arranhões" para a determinação do número da escala de Mohs. 

Apesar de que sua precisão é questionável, a escala de Mohs é relevante para os geólogos de campo, que usam a escala para identificar aproximadamente minerais usando kits de rascunho. A dureza de minerais da escala de Mohs pode ser encontrada em folhas de referência.

A dureza de Mohs é útil na fresagem. Ele permite avaliar qual tipo de moinho reduzirá melhor um determinado produto cuja dureza é conhecida. A balança é usada em fabricantes de eletrônicos para testar a resiliência dos componentes de tela plana (como vidro de cobertura para LCDs ou encapsulamento para OLEDs).

Como exemplo, os monitores de smartphones mais modernos usam um painel de vidro que arranha no nível 6 com ranhuras mais profundas no nível 7 (na escala de dureza Mohs).

Teste de tela de smartphone


sexta-feira, 22 de maio de 2020

Corrente de Benguela




A Corrente de Benguela é a ampla corrente oceânica que flui para o norte que forma a porção leste do giro do Oceano Atlântico Sul. A corrente se estende de aproximadamente Cape Point, no sul, até a posição da frente Angola-Benguela, no norte, em torno de 16 ° S.

A corrente é impulsionada pelos ventos alísios predominantes no leste do sul. Litoral da Corrente de Benguela propriamente dita, os ventos do leste do leste impulsionam a ressurgência costeira, formando o Sistema de ressurgência Benguela.

Protecting Benguela together | Global Environment Facility

A plataforma continental perto de Benguela tem de 64 a 128 km de largura. Da prateleira, o fundo do oceano desce abruptamente para as profundezas abissais das bacias do Cabo e Angola, cada uma com cerca de 5.000 m de profundidade.

Essas bacias são separadas pelo cume de Walvis, que começa na costa a cerca de 20 graus sul e se estende para oeste, ligando-se ao cume atlântico central.

O Walvis Ridge atinge mais de 2.460 pés (750 m) em muitos lugares ao longo de sua trilha. Esta área está exposta a ventos persistentes ao longo da costa associados a um sistema climático de alta pressão.

As águas frias e ricas em nutrientes que nascem de cerca de 200 a 300 m de profundidade, por sua vez, alimentam altas taxas de crescimento do fitoplâncton e sustentam o produtivo ecossistema de Benguela.

As águas de origem de Benguela incluem águas frias e ressurgentes das profundezas do Oceano Atlântico próximas à costa, unidas ainda por terra por água pobre em nutrientes que atravessou o Atlântico Sul da América do Sul como parte do Gyre do Atlântico Sul.

Turbantes da corrente quente de Agulhas do Oceano Índico do Sul ao longo da costa leste da África do Sul rodeiam o Cabo da Boa Esperança de tempos em tempos para se juntar à corrente de Bengulela.



A corrente de Benguela tem 200 a 300 km de largura e aumenta ainda mais à medida que flui para o norte e noroeste. Sua orla ocidental é bem definida, com muitos redemoinhos e meandros temporários e sazonais.

Existe, no entanto, uma frente térmica bem definida entre as águas associadas ao sistema de afluentes de Benguela e as das correntes atlânticas que fluem para leste, que não são desviadas para o norte pelo continente africano.

A gelada Benguela e a corrente quente de Agulhas, que flui para o sul, não se encontram no Cabo da Boa Esperança (veja o diagrama à direita acima), mas há um corpo de água na costa sul da África do Sul, a leste e particularmente a oeste de Cabo Agulhas, que consiste em redemoinhos de ambas as correntes, para que as temperaturas da água ao longo da costa ao longo da costa sul da África variem caoticamente.

Os ventos do norte ao longo da costa resultam no transporte de Ekman para o mar e na ressurgência de águas profundas ricas em nutrientes para a zona eufótica. A intensidade do evento de ressurgência é determinada pela força do vento.

Variações na força do vento causam pulsos de ressurgência, que se propagam para o sul ao longo da costa com velocidades de 5 a 8 m / s. Os pulsos são semelhantes a uma onda Kelvin, exceto em uma escala de 30 a 60 km em vez de 1000 km, e podem se propagar em torno da capa, dependendo dos sistemas eólicos.

Pulsos de ressurgência induzem produção biológica. No sistema Benguela, o crescimento do fitoplâncton requer um período de ressurgência seguido de um período de estratificação e águas relativamente calmas.

A floração do fitoplâncton geralmente atrasa o evento de ressurgência em 1 a 4 dias e floresce por 4 a 10 dias. Para que o zooplâncton tenha um suprimento contínuo de alimentos, a proliferação de fitoplâncton não deve ocorrer muito afastada.

Os pulsos de ressurgência no sistema Benguela regularmente têm uma duração de 10 dias, um período ideal para a produção biológica.

Enquanto a ressurgência promove abundante produção primária e secundária nas partes superiores da coluna d'água e perto da costa, águas mais profundas com troca limitada de oxigênio criam áreas hipóxicas chamadas zonas mínimas de oxigênio na plataforma costeira e na encosta costeira superior.

A zona mínima de oxigênio de Benguela começa em torno de 100 me tem algumas centenas de metros de espessura. As bactérias que usam o sulpher em vez de oxigênio residem na zona mínima de oxigênio.

Uma das primeiras descrições da Corrente de Benguela veio de James Rennell. Em 1832, ele descreveu o que chamou de Corrente do Atlântico Sul em Benguela como fluindo para o norte ao longo da costa oeste da África até atingir o equador, onde virou acentuadamente a oeste para se tornar a Corrente Equatorial (sul).

Ele fez um gráfico do Oceano Atlântico, mas não mostrava a corrente que chegava ao equador; em vez disso, mostrou a corrente separando-se da costa a cerca de 30 ° S, como nas ilustrações modernas da Corrente de Benguela.

Aparentemente, Rennell não discutiu essa representação da corrente, porque mais tarde sugeriu que as águas frias do equador eram transportadas para lá pela Corrente de Benguela a partir de latitudes frias do sul.

As observações e a teoria modernas indicam que as águas equatoriais frias são devidas à ressurgência induzida pelo transporte divergente de Ekman.

Geologia sem Fronteiras

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