Tema geral: Sistemas Fluviais
Tema específico: Sistemas fluviais anastomosados
Consistem em um complexo de canais de baixa energia, interconectados, desenvolvidos sobretudo em regiões úmidas e alagadas, e formando várias ilhas alongadas recobertas por vegetação.
Mas que nome estranho é esse... Anastomosados...
Pois é, da palavra "anastomose", na Biologia, comunicação entre dois vasos ou canais quaisquer.
Na Geologia, a anastomose de canais resulta de um excesso de carga de sedimentos que ocorre quando há forte quebra de energia fluvial por redução do gradiente de relevo ou por mudança súbita de fluxo como as chuvas torrenciais de curta duração de regiões áridas, ou, ainda, ao encontrar forças de ondas e marés na foz do rio.
Existem exceções, por isso podem ocorrer em locais áridos, como citado acima.
A baixa declividade dos canais em um sistema fluvial anastomosado, e a sua sinuosidade, provoca frequentemente o seu extravasamento com deposição de siltes e argilas.
As turfeiras, áreas pantanosas e lagoas de inundação, ocupam normalmente mais de dois terços da área de um sistema fluvial anastomosado em terrenos úmidos.
Os rios anastomosados caracterizaram-se pela presença de dois ou mais canais estáveis e ocorrem em regiões de subsidência em relação ao nível base regional.
O rio Kosi, no Nepal, é um exemplo de formação fluvial anastomosa. Alguns dos seus afluentes nascem no Tibete. É um dos maiores afluentes do rio Ganges, no qual deságua pela margem norte.
Da nascente corre na direção leste, drenando as águas de toda a região. Então, após receber as águas de vários afluentes como os rios Sun Kosi, Arun e Tamur, vira para o sul, seguindo nesta mesma direção e recebendo vários outros afluentes. Após correr cerca de 250 km entra no norte da Índia, ainda rumo ao sul. Então vira-se para o sudeste e assim permanece até se encontrar com as águas do rio Ganges.
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A característica diagnóstica deste sistema fluvial é o contato sub-vertical entre as diferentes fácies, o que torna difícil a sua caracterização em afloramentos e a correlação lateral entre os poços.
O reconhecimento superficial desses depósitos exige uma malha muito densa de soldagens. A Persistência do cenário, aliada à agradação vertical por influência da elevação do nível base regional em relação ao rio, é a responsável pela predominância de depósitos de transbordamento nos rios anastomosados.
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