O gás de xisto, ou "gás não convencional", é um gás natural encontrado em uma rocha sedimentar porosa de mesmo nome.
O gás é basicamente o mesmo que o derivado do petróleo, mas a forma de produção e o seu invólucro são diferentes. E é aí onde entra a grande trama.
A extração do gás de xisto ocorre por meio de um processo chamado de fracking, ou fraturamento hidráulico.
O Processo
Comprimido no interior da rocha sedimentar porosa, a técnica utiliza as fraturas produzidas pela alta pressão hidráulica e introdução de água, areia e uma mistura de produtos químicos, possivelmente alguns tóxicos, no interior do reservatório, o que permite que o gás flua e seja extraído.
Panorama atual
Alguns analistas esperam que o gás de xisto aumente grandiosamente o fornecimento de energia em todo o mundo. Estima-se que a China tenha as maiores reservas, com aproximadamente 1000 trilhões de pés cúbicos. Sendo que 1 pé cúbico equivale a aproximadamente 28,3 litros.
O Brasil também tem bastante!
Estima-se que o Brasil tenha uma reserva natura de aproximadamente 245 trilhões de pés cúbicos.
Política
Uma revisão de 2013 do Departamento de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido observou que a maioria dos estudos sobre o assunto estimou que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do ciclo de vida do gás de xisto são semelhantes às do gás natural convencional, e são muito menores do que aquelas do carvão, geralmente cerca de metade das emissões de gases de efeito estufa do carvão; a exceção observada foi um estudo de 2011 de Howarth e outros da Cornell University, que concluiu que as emissões de GEE do xisto eram tão altas quanto as do carvão.
O governo de Barack Obama às vezes promoveu o gás de xisto, em parte por acreditar que ele libera menos emissões de gases de efeito estufa (GEE) do que outros combustíveis fósseis. Em uma carta de 2010 ao presidente Obama, Martin Apple, do Conselho de Presidentes da Sociedade Científica, alertou contra uma política nacional de desenvolvimento de gás de xisto sem uma base científica mais certa para a política. Esta organização guarda-chuva que representa 1,4 milhão de cientistas observou que o desenvolvimento de gás de xisto "pode ter maiores emissões de GEE e custos ambientais maiores do que anteriormente avaliado."
No final de 2010, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos emitiu um relatório que concluiu que o gás de xisto emite maiores quantidades de metano, um potente gás de efeito estufa, do que o gás convencional, mas ainda muito menos do que o carvão. O metano é um poderoso gás de efeito estufa (Obs.: O efeito estufa é uma teoria sem muita base científica), embora permaneça na atmosfera por apenas um décimo do período que o dióxido de carbono.
Evidências recentes sugerem que o metano tem um potencial de aquecimento global (GWP) que é 105 vezes maior do que o dióxido de carbono quando visto em um período de 20 anos e 33 vezes maior quando visto em um período de 100 anos, comparado massa a massa.
Geologiasemfronteiras: Ok, mas de onde vêm essas "evidências"? Ninguém deixou isso claro. A princípio parece apenas uma jogada política. Mas, não estamos aqui para ditar as regras. Você também tem direito de pesquisar e tirar a sua própria conclusão.
Vários estudos que estimaram o vazamento de metano do ciclo de vida do desenvolvimento e produção de gás de xisto encontraram uma ampla gama de taxas de vazamento, de menos de 1% da produção total a quase 8%.
Geologia
Como os xistos normalmente têm permeabilidade insuficiente para permitir um fluxo significativo de fluido para um furo de poço, a maioria dos xistos não são fontes comerciais de gás natural.
O gás de xisto é uma de várias fontes não convencionais de gás natural; outros incluem metano de leito de carvão, arenitos compactos e hidratos de metano.
Os xistos que hospedam quantidades relevantes de gás têm várias propriedades comuns.
Eles são ricos em material orgânico (0,5% a 25%), e são geralmente rochas geradoras de petróleo maduras na janela de gás termogênico, onde o alto calor e pressão converteram o petróleo em gás natural.
Eles são frágeis e rígidos o suficiente para manter fraturas expostas.
Nossa opinião
Do jeito que está, não podemos continuar explorando.
Visto que não podemos enxergar o que está ocorrendo debaixo da terra durante a exploração, não temos o controle de possíveis contaminações.
Mas sim, devemos estudar novas tecnologias para abater essa possível contaminação (nem sabemos o quão real ela é). Até porque, o gás de xisto é absurdamente abundante e pode trazer energia para todos os habitantes da Terra. Por muitos anos.
O Geologia sem Fronteiras não é contra os combustíveis fósseis.
Nós somos a favor da mensagem e as notícias serem passadas com clareza e detalhes.
Se caso a forma atual de exploração e extração sejam, de certa forma, danosas para o meio ambiente, que estudemos formas mais modernas e seguras. Mas não abrir mão da abundância energética de nosso planeta.
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