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terça-feira, 28 de abril de 2020

O Petróleo

Combustíveis Fósseis

Petróleo

Queria deixar claro que não existe comprovação exata das teorias, até então apresentadas, sobre a formação do Petróleo. Mas vou especificar aqui a mais aceita, que é a de sua origem orgânica. Ou seja, de matéria orgânica, principalmente algas, soterrada junto a sedimentos lacustres (de lagos) ou marinhos.

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A formação do Petróleo

Os ambientes que impedem a oxidação da matéria orgânica são aqueles de rápida sedimentação ou de teor de oxigênio restrito. Em ambos os casos o ambiente anaeróbico permite o aprisionamento de matéria orgânica não oxidada.

A matéria orgânica vai se transformando, e com a perda dos componentes voláteis e concentração de carbono, se tornam hidrocarbonetos.

A grande diferença entre a formação de carvão mineral e dos hidrocarbonetos é a matéria-prima, ou seja, principalmente material lenhoso para o carvão e algas para os hidrocarbonetos, o que é definido justamente pelo ambiente de sedimentação.



Migração Primária

A mais importante rocha-fonte  do óleo e gás é formada por sedimentos finos, ricos em matéria orgânica, soterrados a uma profundidade mínima de 500 metros onde a rocha se comprime, diminuindo a sua porosidade e, com altas temperaturas, induz os hidrocarbonetos a migrarem para cima, para um ambiente de menor pressão e maior porosidade.
Esse movimento é chamado de migração primária.

Migração Secundária

À medida que o hidrocarboneto atinge materiais de maior permeabilidade, ele se move mais livremente, mas devido ao fato de sua densidade ser inferior à da água, tende a subir para a superfície. Essa migração se chama migração secundária.

Em seu caminho para a superfície, o hidrocarboneto, ao encontrar uma barreira relativamente impermeável, irá acumular-se logo abaixo.

Diversos tipos de rocha podem ter esse papel, pro exemplo: folhelhos, argilitos, sal, etc. Essas rochas são chamadas de rochas apeadoras.
A rocha permeável em que o hidrocarboneto se acumula é chamada de rocha reservatório.

A Armadilha

Caso o sistema da rocha reservatório forme uma estrutura que bloqueie o movimento ascendente do hidrocarboneto, ele se acumula, e dessa forma ele cria uma estrutura armazenadora de hidrocarboneto.

Esse sistema composto pela rocha reservatório e rocha capeadora, associados à estrutura, é chamado de armadilha, ou trapa.

Por causa das diferenças de densidades, as concentrações de hidrocarbonetos apresentam três níveis de fluidos, sendo que no superior fica o gás, no intermediário o petróleo e no inferior, a água.

As armadilhas têm basicamente duas origens distintas:
- estratigráfica
- estrutural

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Till - Ação Glacial

Sedimentação Glacial Terrestre


Ocorre quado a geleira termina em condições subaéreas ou terrestres. Essa sedimentação pode envolver diretamente as geleiras e ocorrer próximo, ou em contato com elas. Também pode acontecer em regiões mais afastadas pela ação da água ou degelo, a "sedimentação glácio-fluvial", ou em corpos de água doce, a "sedimentação glácio-lacustrina".

Glacier Bay, Alaska

O depósito formado diretamente pelas geleiras

O till trata-se de um sedimento inconsolidado, não selecionado, constituído de matrizes argilosas, siltosas, e arenosas, contendo fragmentos rochosos caoticamente dispersos, de tamanho variado. Desde grânulo até *matacão. 

Clastos contidos no till têm arredondamento e angulosidade variáveis e muito exibem evidências de abrasão glacial sob a forma de facetas e estrias.

Quando o till se litifica (vira rocha), ele é chamado de tilito.



Deposição glacial terrestre diretamente em contato com o gelo pode ocorrer sob as geleiras, a "deposição subglacial", ou junto às suas margens, a partir de material transportado sobre a superfície do gelo, a "deposição supraglacial".

Dos depósitos subglaciais, são reconhecidos quatro:

- till de alojamento
- till de ablação subglacial
- till de deformação
- till de deposição em cavernas subglaciais

Sublimação

Existe, também, a possibilidade de tills se formarem por sublimação de gelo. Que é a passagem direta do estado sólido para o gasoso. Contendo detritos rochosos, em ambientes polares áridos, muito frios, como é o caso da Antártica oriental. 

Podem ocorrer supra e subglacialmente.

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*Matacão: Matacões são grandes blocos arredondados, produzidos pelo processo de intemperismo químico, conhecido como esfoliação esferoidal ou pelo desgaste de blocos arrastados por correntes fluviais. Em inglês são chamados de Boulders.

domingo, 26 de abril de 2020

Deflação e Abrasão

Erosão Eólica

Uma tempestade de vento no deserto

Diferença e Definição de: Deflação e Abrasão

O assunto tratado aqui é: "Os Processos Eólicos", ou seja, a ação dos ventos.

A ação do vento fica registrada tanto nas formas de relevo como nos fragmentos trabalhados pela ação eólica, seja de forma destrutiva (erosão) ou de forma construtiva (sedimentação).

Deflação e abrasão eólica são dois processos erosivos da atividade eólica. Na deflação, a remoção de areia e poeira da superfície pode produzir depressões no deserto chamadas bacias de deflação, podendo chegar a níveis mais baixos de que o nível do mar.

Deflação também pode produzir os chamados pavimentos desérticos, caracterizados por extensas superfícies exibindo cascalho ou substrato rochoso, expostas pela remoção de sedimentos finos.

Se o nível topográfico no deserto é rebaixado por esse mecanismo até atingir a zona subsaturada ou saturada em água, podem formar-se oásis.

a formação de um oasis no meio do deserto

Por causa dos constantes impactos de diferentes partículas em movimento (areia) entre si e com materiais estacionados, ocorre um intenso processo de desgaste e polimento de todos esses materiais, denominado abrasão eólica.

A abrasão produzida pelo vento assemelha-se ao processo de "jateamento e polimento com areia", utilizado na indústria, para polir, limpar, ou até mesmo decorar objetos.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

O que é um Canyon?

Um Canyon, que pode ser considerado como um desfiladeiro, é uma fenda profunda entre escarpas ou falésias resultantes do intemperismo e da atividade erosiva de um rio ao longo de escalas de tempo geológicas.

Pessoas explorando o Bryce Canyon, nos EUA

Os rios têm uma tendência natural a atravessar as superfícies subjacentes, eventualmente desgastando as camadas rochosas à medida que os sedimentos são removidos a jusante. O leito do rio alcança gradualmente uma elevação da linha de base, que é a mesma elevação da massa de água na qual o rio drena.

Os processos de intemperismo e erosão formarão desfiladeiros quando as cabeceiras e o estuário do rio estiverem em elevações significativamente diferentes, principalmente através de regiões onde camadas mais suaves de rochas são misturadas com camadas mais duras e mais resistentes ao desgaste.

Um desfiladeiro também pode se referir a uma fenda entre dois picos de montanhas, como as de montanhas, incluindo as Montanhas Rochosas, os Alpes, o Himalaia ou os Andes. Geralmente, um rio ou córrego esculpe essas divisões entre montanhas.

Uma imagem de um desfiladeiro nos Estados Unidos

Exemplos de desfiladeiros do tipo montanha são Provo Canyon, em Utah, ou Yosemite Valley, na Sierra Nevada, na Califórnia. Os desfiladeiros nas montanhas, ou desfiladeiros que têm uma abertura em apenas um lado, são chamados desfiladeiros.

Grand Canyon 


O Grand Canyon é localizado no Arizona, e foi provocado pelo rio Colorado. Está quase todo contido no chamado "Grand Canyon National Park".

Grand Canyon National Park

Sua extensão é de 446 km, com uma largura de cerca de 29 km. Aproximadamente 2 bilhões de anos da história geológica da Terra estão à mostra no local, efeito da passagem do rio Colorado e de seus tributários, que literalmente "esculpem" a rocha camada sob camada, enquanto que a planície do colorado, devido a movimentos tectônicos, foi gradualmente elevando-se.


Formação Geológica


A maioria dos cânions era formada por um processo de erosão de longa data a partir de um nível de planalto ou de mesa. As falésias se formam porque estratos rochosos mais resistentes à erosão e intempéries permanecem expostos nas paredes do vale.

Os desfiladeiros são muito mais comuns em áreas áridas do que em áreas úmidas, porque o clima físico tem um efeito mais localizado em zonas áridas. O vento e a água do rio se combinam para corroer e cortar materiais menos resistentes, como *folhelhos.

O congelamento e a expansão da água também servem para ajudar a formar desfiladeiros. A água penetra nas fendas entre as rochas e congela, afastando as rochas e, eventualmente, fazendo com que grandes pedaços rompam as paredes do desfiladeiro, em um processo conhecido como geada. As paredes do Canyon são frequentemente formadas por arenitos ou granito resistentes.

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*Folhelho ou xisto fino é o nome dado a uma rocha sedimentar de origem detrítica e que pertence ao subgrupo das rochas argiláceas, devido à natureza dos seus principais constituintes. É por vezes confundida com o xisto, uma rocha metamórfica.
Também se dá o nome "folhelho" à película que envolve os grãos de algumas plantas.

Feldspatóide (FOID)

Os feldspatóides são um grupo de minerais de tectossilicato que se assemelham aos feldspatos, mas têm uma estrutura diferente e um teor de sílica muito mais baixo. Eles ocorrem em tipos raros e incomuns de rochas ígneas e não são encontrados em rochas contendo quartzo primário.

Um exemplo de feldspatóie


Os minerais do grupo feldspatoide são aluminossilicatos de sódio, potássio e cálcio, muitos dos quais se parecem com os feldspatos na aparência.

Eles possuem estruturas que consistem em tetraedros de sílica e alumina.

Ao contrário dos feldspatos, no entanto, os arranjos dos tetraedros diferem de espécie para espécie, e os interstícios podem conter água ou outros ânions simples ou complexos, como cloro, carbonato, ou sulfato, bem como sódio, potássio e cálcio. Consequentemente, diferentes feldspatóides têm estruturas um pouco diferentes: algumas são isométricas, outras são hexagonais e outras ainda são tetragonais.

Origens


Os feldspatóides são relativamente raros. Como observado anteriormente, eles são considerados aqui principalmente porque são os minerais específicos usados ​​na nomeação de rochas ígneas alcalinas. Nesse papel, os feldspatóides, juntamente com os minerais do grupo melilita, são referidos como foids na classificação IUGS de rochas ígneas.
Feldspatóides podem ocorrer junto com feldspatos em rochas ígneas. Eles não ocorrem em rochas ígneas contendo sílica livre original, isto é, em rochas que contêm quartzo da mesma geração.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Ametista

A mística Ametista  - Amethyst

A gema ametista é  encontrada em cavidades de rochas vulcânicas e em pegmatitos, outro tipo de rocha ígnea. É muito usada como gema e em objetos ornamentais.

Estrutura

A ametista é uma variedade púrpura de quartzo (SiO2) e deve sua cor violeta à irradiação, impurezas do ferro e, em alguns casos, outros metais de transição e à presença de outros *oligoelementos, que resultam em substituições complexas da rede cristalina.

Algumas raras ametistas quando aquecidas ficam verde-amareladas e recebem o nome de brasilinita (não confundir com brasilianita, que é outra gema).

Geologia sem fronteiras - Gema Ametista


Distribuição geográfica

A ametista é produzida em abundância no estado de Minas Gerais, onde ocorre em grandes **geodos dentro de rochas vulcânicas. Muitas das ágatas ocas do sudoeste do Brasil e do Uruguai contêm uma safra de cristais de ametista no interior. Artigas, Uruguai e o estado brasileiro vizinho Rio Grande do Sul são grandes produtores mundiais que excedem em quantidade Minas Gerais, bem como os estados de Mato Grosso, Espírito Santo, Bahia e Ceará, todos produtores de ametista de importância no Brasil.

Também é encontrado e extraído na Coréia do Sul. A maior amostra de ametista a céu aberto do mundo fica em Maissau, na Áustria. Ametista muito fina vem da Rússia, especialmente de Mursinka, no distrito de Ekaterinburg, onde ocorre em cavidades drusas em rochas graníticas. Muitas localidades no sul da Índia produzem ametista.

Um dos maiores produtores mundiais de ametista é a Zâmbia, no sul da África, com uma produção anual de cerca de 1000 toneladas.

Ametista nos Estados Unidos

A ametista existe em muitas localidades nos Estados Unidos. Entre eles: a região da montanha Mazatzal nos condados de Gila e Maricopa, Arizona; Lagos Red Feather, perto de Ft Collins, Colorado; Montanha Amethyst, Texas; Parque nacional Yellowstone; Condado de Delaware, Pensilvânia; Condado de Haywood, Carolina do Norte; Deer Hill e Stow, Maine e na região do Lago Superior de Minnesota, Wisconsin e Michigan.

A ametista é relativamente comum nas províncias canadenses de Ontário e Nova Escócia. A maior mina de ametista da América do Norte está localizada em Thunder Bay, Ontário.

Um exemplo de Ametista na natureza

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*Também conhecidos como microminerais, os oligoelementos são um conjunto de elementos químicos inorgânicos, como: cobalto; ferro; cromo e cobre.

**Geodos são formações secundárias geológicas dentro de rochas sedimentares e vulcânicas. Os geodos são rochas ocas e vagamente circulares, nas quais são isoladas massas de matéria mineral.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Areia rosa - Bahamas

A areia rosa das Bahamas. Mais conhecida como Pink Sands Beach.


Onde se localiza Bahamas


As Bahamas, oficialmente Comunidade das Bahamas, são um país insular membro da comunidade do Caribe constituído por mais de 700 ilhas no oceano Atlântico, a norte de Cuba e da ilha Espanhola, na qual se situam Haiti e República Dominicana, a noroeste do território ultramarino britânico das ilhas Turcas e Caicos e a sudeste do estado americano da Flórida. Sua capital é Nassau, na ilha de Nova Providência. Geograficamente, as Bahamas situam-se no mesmo arquipélago que Cuba, Espanhola e as ilhas Turcas e Caicos. E em uma de suas ilhas podemos encontrar uma formação rara de areia rosada. 

Areia rosa?

Areia rosa encontrada na Pink Sands Beach, nas Bahamas

A areia rosa claro recebe o tom de milhares de pedaços de corais quebrados, conchas e materiais de carbonato de cálcio deixados para trás pelos foraminíferos, pequenas criaturas marinhas com conchas vermelhas e rosa que vivem nos recifes de coral que cercam a praia.

Organismos minúsculos

Esses animais vivem na parte inferior dos recifes, no fundo do mar, embaixo de rochas e em cavernas. Eles são levados na praia como resultado de ondas ou peixes que os soltam quando se alimentam deles. Os foraminíferos estão entre os organismos unicelulares mais abundantes no oceano e desempenham um papel significativo no meio ambiente.


segunda-feira, 20 de abril de 2020

Magnetismo das Rochas

Rock Magnetism

O magnetismo das rochas é o estudo das propriedades magnéticas das rochas, sedimentos e solos. O campo surgiu da necessidade do paleomagnetismo de entender como as rochas registram o campo magnético da Terra.

Essa remanência é realizada por minerais, particularmente certos minerais fortemente magnéticos como a magnetita (a principal fonte de magnetismo na pedra angular).

A compreensão da remanência ajuda os paleomagnetistas a desenvolver métodos para medir o antigo campo magnético e corrigir efeitos como compactação de sedimentos e metamorfismo.

Os métodos de rocha magnética são usados ​​para obter uma imagem mais detalhada da fonte de padrão listrado distinto nas anomalias magnéticas marinhas que fornece informações importantes sobre as placas tectônicas. Eles também são usados ​​para interpretar anomalias magnéticas terrestres em levantamentos magnéticos, bem como o forte magnetismo da crosta terrestre em Marte.

Tipos de ordem magnética



A contribuição de um mineral para o magnetismo total de uma rocha depende fortemente do tipo de ordem ou desordem magnética. Minerais magneticamente desordenados (diamagnetos e paramagnetos) contribuem com um magnetismo fraco e não têm remanência. Os minerais mais importantes para o magnetismo das rochas são os minerais que podem ser ordenados magneticamente, pelo menos em algumas temperaturas. Estes são os ferromagnetos, ferrimagnetos e certos tipos de antiferromagnetos. Esses minerais têm uma resposta muito mais forte ao campo e podem ter uma remanência.

Diamagnetismo

Diamagnetismo é uma resposta magnética compartilhada por todas as substâncias. Em resposta a um campo magnético aplicado, a precessão dos elétrons (veja a precessão de Larmor) e, pela lei de Lenz, eles agem para proteger o interior de um corpo do campo magnético. Assim, o momento produzido é na direção oposta ao campo e a suscetibilidade é negativa. Este efeito é fraco, mas independente da temperatura. Uma substância cuja única resposta magnética é diamagnetismo é chamada diamagnet.

Paramagnetismo

O paramagnetismo é uma resposta positiva fraca a um campo magnético devido à rotação dos spins dos elétrons. O paramagnetismo ocorre em certos tipos de minerais contendo ferro, porque o ferro contém um elétron não emparelhado em uma de suas conchas (consulte as regras de Hund). Alguns são paramagnéticos até o zero absoluto e sua suscetibilidade é inversamente proporcional à temperatura (consulte a lei de Curie); outros são ordenados magneticamente abaixo de uma temperatura crítica e a suscetibilidade aumenta à medida que se aproxima dessa temperatura (consulte a lei de Curie-Weiss).

Forromagnetismo

Coletivamente, materiais fortemente magnéticos são freqüentemente chamados de ferromagnetos. No entanto, esse magnetismo pode surgir como resultado de mais de um tipo de ordem magnética. No sentido estrito, o ferromagnetismo refere-se à ordem magnética em que os spins de elétrons vizinhos são alinhados pela interação de troca. O ferro-ímã clássico é o ferro. Abaixo de uma temperatura crítica chamada temperatura de Curie, os ferromagnetos têm uma magnetização espontânea e há histerese em sua resposta a uma mudança no campo magnético. Mais importante ainda, para o magnetismo das rochas, eles têm remanência, para que possam registrar o campo da Terra. O ferro não ocorre amplamente em sua forma pura. É geralmente incorporado em óxidos de ferro, hidróxidos e sulfetos. Nesses compostos, os átomos de ferro não são próximos o suficiente para a troca direta e, portanto, são acoplados por troca indireta ou super-troca. O resultado é que a treliça de cristal é dividida em dois ou mais sublácidos com momentos diferentes.

Ferrimagnetismo

Os ferrimagnetos têm duas subátticas com momentos opostos. Um sublatismo tem um momento maior, então há um desequilíbrio líquido. A magnetita, o mais importante dos minerais magnéticos, é um ferrimagnet. Os ímãs de ferro costumam se comportar como ímãs de ferro, mas a dependência da temperatura de sua magnetização espontânea pode ser bem diferente. Louis Néel identificou quatro tipos de dependência de temperatura, um dos quais envolve uma reversão da magnetização. Esse fenômeno teve papel nas controvérsias sobre anomalias magnéticas marinhas.

Antiferromagnetismo

Os antiferromagnetos, como os ferrimagnetos, têm dois subátticos com momentos opostos, mas agora os momentos são iguais em magnitude. Se os momentos são exatamente opostos, o ímã não tem remanência. No entanto, os momentos podem ser inclinados (inclinação da rotação), resultando em um momento quase em ângulo reto com os momentos das sublículas. A hematita tem esse tipo de magnetismo.

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Um exemplo de magnetismo de rochas

Minerais fortemente magnéticos têm propriedades que dependem do tamanho, forma, estrutura dos defeitos e concentração dos minerais em uma rocha. O magnetismo de rocha fornece métodos não destrutivos para analisar esses minerais, como medições de histerese magnética, medições de remanência dependente da temperatura, espectroscopia Mössbauer, ressonância ferromagnética e assim por diante. Com esses métodos, os magnetistas de rochas podem medir os efeitos das mudanças climáticas passadas e os impactos humanos na mineralogia (ver magnetismo ambiental). Nos sedimentos, grande parte da remanência magnética é realizada por minerais criados por *bactérias magnetotáticas, de modo que os magnetistas de rochas deram contribuições significativas ao biomagnetismo.

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*As bactérias magnetotáticas, descobertas por Salvatore Bellini em 1963 e redescobertas por Richard P. Blakemore em 1975, se comportam como dipolos magnéticos permanentes e se orientam ao longo das linhas do campo magnético terrestre. Assim, podem ser controladas por meio de um terceiro campo magnético. Esta particularidade biológica é chamada magnetotaxia e estas bactérias formam o grupo das bactérias magnetotáticas. Os magnetossomos são organelas de cadeias de grânulos de óxidos metálicos (magnetita ou greigita, na maioria das vezes), presentes nos citoplasmas das bactérias magnetotáticas. Os magnetossomos são geralmente de tamanho uniforme e alinhados ao longo da célula.

Montanhas Tianzi - China

As montanhas inacreditavelmente lindas de Zhangjiajie, na província de Hunan, na China, me motivaram a criar um post especial para elas. 

Foram nomeado em homenagem ao fazendeiro Xiang Dakun, do grupo étnico Tujia, que liderou uma revolta de agricultores locais bem-sucedida e se denominou "Tianzi", que significa filho do Céu e é o epíteto tradicional do imperador chinês.

Essas montanhas gigantes, tipo pilar, têm um pico de 1.212 m (3.976 pés). A área ocupada por essas montanhas é de cerca de 67 quilômetros quadrados.

Tianzi Mountains in China

Formação geológica


As montanhas são arenito de quartzo e foram formadas cerca de 400 milhões de anos atrás, através de padrões irregulares de subida da crosta terrestre, e com cerca de 318 milhões de anos de erosão, essas montanhas altas e magras foram formadas. Essa formação geológica pertence ao sistema tectônico *"Novo Cataysiano".

Tianzi Mountains, China Tianzi Mountain is located in Zhangjiajie ...

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*Cathaysia era um microcontinente ou um grupo de terrenos que separavam Gondwana no fim da era Paleozoica. Os termos "Cathaysia", "Cathaysialand" e "Cathaysia Terrane" foram utilizados por vários autores para diferentes blocos ou terrenos continentais e seus conjuntos. Durante o Devoniano, os continentes do Sul da China e da Indochina se separaram de Gondwana e colidiram durante o Carbonífero para finalmente formar um superterrane no Permiano. "Cathaysia" tem sido usada para algumas ou todas as constelações envolvidas nesta jornada tectônica. Por exemplo, em Li et al. 2008 O sul da China se formou a partir da fusão dos "blocos Yangtse e Cathaysia", enquanto Scotese & McKerrow 1990 agrupa o norte da China, o sul da China e a Indochina nos "terranos cataíses". Cathaysia, sensu Scotese, são alguns dos quase 70 microcontinentes envolvidos na formação da Ásia. Além disso, Cathaysia, sensu Scotese e Li et al., Está agrupada entre os "viajantes solitários" de Meert 2014 - continentes menores cuja posição varia drasticamente entre reconstruções de placas. Paleoclima Durante a Permésia, a Catáysia / Sul da China estava localizada perto do Equador e no Oceano Paleo-Tétis, junto com o continente do Norte da China e esses dois pequenos continentes compartilham o que é freqüentemente chamado de "floras e faunas cataísas" (em contraste com as "floras de Gondwanan e faunas "). Quando o norte e o sul da China colidiram durante o Fim do período Triássico, o Oceano Qinling se fechou. O sul da China estava coberto de florestas de carvão formadas por samambaias da ordem Callistophytales, enquanto Lycopodiophytes semelhantes a árvores sobreviveram no Permiano.

domingo, 19 de abril de 2020

Vulcão Krakatoa

Sobre vulcanismo

Vulcanismo é um ponto da Geologia em si, da qual vamos dar uma atenção especial mais para frente em nosso blog em outros posts.
Mas para que fique clara a questão do Vulcão Krakatoa, vou dar uma breve explicação sobre esse campo científico.

Fenômeno geológico natural determinado pelas atividades vulcânicas, o processo de vulcanismo ocorre por meio da alta pressão e temperatura presente no interior da Terra, onde há expulsão do magma (lava), cinzas, gases, poeira, vapor d’água e de outros materiais (piroclastos) para a superfície.



Explicação de como é um vulcão e como ele entra em erupção

Quem, ou o que é o Krakatoa?

Krakatoa é o segundo vulcão mais influente na vulcanismo global (depois do Kilauea, do Havaí). Localizado na pequena ilha de Krakatoa no Indonésia, no estreito de Sunda.
Em 1883, o mundo sentiu a violência que pôde ser sentida de alguma forma por praticamente todos os habitantes do planeta.
A erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, lançou detritos a até 100 km de altura, causou mega tsunamis que mataram milhares de pessoas e foram percebidos até no Canal da Mancha. O fenômeno alterou o clima do planeta, mexeu com a luz, com o ar e até com as cores do crepúsculo em vários cantos da Terra. Além disso, teve grande influência na ciência moderna.

A ciência do Krakatoa

1- Período de destruição dos vulcões Rakata, Danan e Parbuwatan, caracterizados pela formação da caldeira de 1883,produziu produtos eruptivos típicos. Esta unidade de rocha foi distribuída nas três ilhas - Rakata, Panjang e Sertung - e era composto de pedra-pomes, fluxos piroclásticos, pequenas quedas piroclásticas e depósitos de sobretensão. 

2-  Desde o seu nascimento em 1927 a 2017, Anak Krakatoa entrou em erupção pelo menos trinta e duas vezes, mostrando uma combinação de atividades explosivas e efusivas. Anak Krakatoa, com uma altitude a cerca de 300m acima do nível do mar, é uma ilha vulcânica, situada no centro do complexo. É constituído por camadas alternadas de 18 fluxos de lava e 18 depósitos piroclásticos que foram construídos desde 1927.

Vulcão em erupção Krakatoa

3- As bombas que explodiram de Anak Krakatau durante 2002 contêm xenólitos metassedimentares e plutônicos espumosos que mostram graus variáveis ​​de metamorfismo térmico, deformação plástica e fusão parcial. Minerais metamórficos de contato, como cordierita e tridimita em xenólitos metassedimentares, são consistentes com metamorfismo em alta temperatura e incorporação em profundidade média a superior da crosta.

sábado, 18 de abril de 2020

Fluxo de calor do interior da Terra

Earth's Core Stock Photos, Pictures & Royalty-Free Images - iStock

A radiação solar é a maior responsável pelos fenômenos que ocorrem na superfície da Terra e na atmosfera. Porem, a poucas dezenas de centímetros de profundidade da superfície, seus efeitos diretos sobre a temperatura são praticamente desprezíveis e o aumento de temperatura que sentimos ao descermos no interior de uma mina, por exemplo, é por causa do fluxo de calor do interior da Terra.

Fluxo geométrico

O fluxo geométrico total correspondente a uma energia de 1,4x10²¹ joules por ano, que é muito maior do que outras perdas de energia da Terra, como aquela da desaceleração da rotação pela ação das marés e dos terremotos. A energia para processos como a movimentação essencialmente horizontal da litosfera por sobre a astenosfera (Temos posts sobre as duas no Blog, a litosfera e astenosfera) e a geração do *campo geomagnético deve provir, portanto, do calor da Terra.

O fluxo geométrico através de uma camada da Terra é definido como o produto da variação da temperatura com a profundidade **(gradiente geotérmico), pela condutividade térmica das rochas daquela camada. Para medi-lo, é necessário ter conhecimento sobre as variações de temperatura.

Variações de temperatura

O conhecimento das variações de temperatura com a profundidade é, entretanto, precário quando comparado com variações de densidade e de parâmetros elásticos, obtidos da sismologia. A razão é que as temperaturas só são conhecidas próximas da superfície da Terra, medidas em furos de sondagem ou no interior de minas. A condutividade térmica térmica também é medida experimentalmente com rochas próximas à superfície e os valores para maiores profundidades acabam sendo inferidos a partir de outras propriedades físicas obtidas principalmente da sismologia.

Dependendo da composição, idade e natureza do material da litosfera e dos processos que ocorrem abaixo dela, o fluxo de calor varia com a região da Terra.
De acordo com um modelo de fluxo geotérmico proposto em 1993, as regiões de fluxo térmico mais elevado estão associadas ao sistema de dorsais meso-oceânicas. Aproximadamente a metade do fluxo total de calor da Terra é perdida no resfriamento da litosfera oceânica de idade cenozoica.

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*O campo magnético da Terra, também chamado de Magnetosfera da Terra, é uma área ao redor do planeta que sofre influência do campo de energia criado pelo magnetismo do núcleo terrestre.

Campo magnético da Terra se desloca inesperadamente. Cientistas ...

**O gradiente geotérmico é a taxa de aumento da temperatura dos materiais constituintes da Terra em função da profundidade a que se desce a partir da superfície para o interior do planeta.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

O Grande Terremoto do Japão de 2011

Danos feitos pelo terremoto 2011

O grande desastre natural, conhecido internacionalmente por Great Sendai Earthquake, começou com um forte terremoto na costa nordeste de Honshu, a principal ilha do Japão, que causou danos generalizados na terra e iniciou uma série de grandes ondas de tsunami que devastaram muitas áreas costeiras do país, principalmente na região de Tōhoku (nordeste de Honshu). ) O tsunami também provocou um grande acidente nuclear em uma usina elétrica ao longo da costa.

Explicação Científica


O terremoto foi causado pela ruptura de um trecho da zona de subducção associado à Trincheira do Japão, que separa a Placa Eurasiana da Placa do Pacífico em subducção. (Alguns geólogos argumentam que esta porção da Placa da Eurásia é na verdade um fragmento da Placa da América do Norte chamado microplaca Okhotsk.) Uma parte da zona de subducção medindo aproximadamente 300 km de comprimento por 150 km de largura, alcançava 50 metros a leste-sudeste e subia cerca de 10 metros.


O tremor de 11 de março foi sentido tão longe quanto Petropavlovsk-Kamchatsky, Rússia; Kaohsiung, Tailândia; e Pequim, China. Foi precedido por vários choques, incluindo um evento de magnitude 7,2, centralizado a aproximadamente 40 km do epicentro do terremoto principal. Centenas de tremores secundários, dezenas de magnitude 6,0 ou superior e dois de magnitude 7,0 ou superior, ocorreram nos dias e semanas após o terremoto principal. (Quase dois anos depois, em 7 de dezembro de 2012, um tremor de magnitude 7,3 teve origem na mesma região de fronteira da placa.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Erupções Fissurais? Cortina de Fogo?

O vulcanismo acontece em rupturas da crosta com atividade sísmica associada. Esse processo está condicionado ao movimento das *placas litosféricas.
As atividades vulcânicas podem ser classificadas como fissurais e centrais, de acordo com sua localização em relação às placas litosféricas e ao tipo de seus produtos. Produtos esses referem-se às propriedades da lava e condições do ambiente de erupção.

Bardarbunga volcano erupts on Iceland spewing molten lava and ash, in  pictures - Telegraph

Nas erupções fissurais não há formação de um "cone vulcânico"(onde ocorre erupção central). A existência de fissuras profundas na crosta permite a ascensão do magma, geralmente de composição básica, originado na Astenosfera. Temos um post sobre a Astenosfera aqui no blog.
Esse tipo de erupção também é denominada de erupção de rift, por ter associação com sistemas de falhamentos subverticais, os **"rift-valleys"

Um fenômeno interessantíssimo ocorre durante uma erupção fissural continental (não oceânica). Esse fenômeno é chamado de Cortina de Fogo (como na foto acima). E pode ser observado em locais como Islândia e Havaí. São derrames de lava de forma horizontal formando uma parede de fogo e magma bem longa.
No topo desses derrames, podem ocorrer vesículas, pequenas bolhas decorrentes do escape dos gases dissolvidos na lava. Estas cavidades podem vir a ser preenchidas por zeólitas, ametista ou ágata. As amígdalas.



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*Litosfera é a camada química e sólida mais externa da Terra, formada por solo e rochas, divididos em placas tectônicas. A litosfera de nosso planeta é, portanto, como uma "casca rachada". Já "placas litosféricas" é a designação das partes rígidas superficiais da Terra, com cerca de 100 quilômetros de espessura, cujo conjunto constitui a litosfera. Podem deslocar-se horizontalmente sobre o seu substrato viscoso, que se chama astenosfera. Existem três tipos de limites dessas placas: rifte oceânico, zona de subducção e falha transformante.

**Trata-se de conjuntos de vales submarinos profundos ao longo das cadeias montanhosas meso-oceânicas, que se assemelham às feições continentais originalmente formadas na África Oriental.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Ouro - Origem, Química e Utilidade



A formação do Ouro é bastante interessante.
Tudo começa na colisão de duas estrelas, gerando uma explosão chamada de Super Nova, a alguns bilhões de anos atrás.

Essa explosão trouxe a existência do Ouro e outros detritos que foram lançados no Universo.
Porém, esse mineral* só chegou ao nosso planeta 200 milhões de anos depois de sua formação, de "carona" em meteoritos que bombardearam a Terra.


Os Aztecas acreditavam que o Ouro é o suor do Sol. Não que eu esteja aqui para ditar o que está certo ou o que está errado, mas, esse mineral é formado dentro de Estrelas em fusões nucleares. Faz sentido, não faz?

*Mineral e Minério: Tome cuidado com esses dois termos. O termo "minério" só é adotado quando se relaciona à finalidades comerciais. Portanto, vamos tentar adotar sempre o termo "mineral".




O ouro é um elemento químico (símbolo Au) de número atômico 79 (79 prótons e 79 eléctrons) que está situado no grupo 11 (anteriormente chamado IB) da tabela periódica, e e tem uma massa molar de 197 g/mol.
É um metal de transição, com eletronegatividade de 2,54 na escala de Pauling.
Esse metal encontra-se normalmente em estado puro em forma de pepitas e depósitos aluviais, ou ainda em pequenas inclusões de rochas metamórficas ou minerais como o quartzo.

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Na questão de utilidade o Ouro é um rock star. Sua ótima maleabilidade e super condutividade faz dele um ótimo minério (neste caso está bem empregado).
Não só serve para joalherias, mas sim para produtos eletrônicos.
A maioria dos equipamentos eletrônios que você conhece têm ouro em sua montagem.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Astenosfera

Vamos falar um pouco sobre uma camada da Terra que é muito influente no movimento das Placas Tectônicas.

A Astenosfera:


Palavras da Geóloga Lucia Perez Dias, sobre o fato de que o Continente Africano está se dividindo em dois:
"Exatamente qual, ou quais mecanismos estão por trás de seus movimentos ainda são debatidos, mas é provável que incluam correntes de convecção na astenosfera e as forças geradas nos limites entre as placas."


Giant chasm in Kenya that appeared from nowhere is proof Africa is ...

domingo, 12 de abril de 2020

Como sabemos a IDADE de uma ROCHA?

Pesquisamos na Internet a forma científica mais aceitável de se calcular a idade de uma rocha.


As rochas são formações muito antigas, e nem sempre podemos ter 100% de precisão no cálculo de sua idade, e nem sabemos se essas são as formas mais corretas. Mas são as mais aceitas no campo científico. Mas se você conhece outras formas, adoraria discutir sobre o assunto.

sábado, 11 de abril de 2020

Mármore


* O que é "foliação"???

foliação metamórfica

Termo genérico para estrutura metamórfica resultante de esforços compressionais, originando planos paralelos ("folhas") de diversos tipos.

Exemplos de foliação metamórfica: clivagem ardosiana; xistosidade; clivagem de crenulação; bandas de segregação metamórfica; orientação preferencial de componentes originais da rocha, como oólitos, pellets, concreções, bombas e outros fragmentos vulcânicos, seixos.., comprimidos e achatados paralelamente; variações composicionais e/ou granulométricas em bandas paralelas originadas ou modificadas por processos de cataclase e deformação metamórfica.
Toda a foliação metamórfica é constituída em planos que são, entretanto, muitas vezes, dobrados, transpostos e amarrotados por eventos de deformações superimpostas àquela que originou a foliação.



quinta-feira, 9 de abril de 2020

Fiordes - Ação Glacial Marinha

Geleiras que chegam até o litoral podem atingir o mar, internando-se nele aterradas, ou seja, arrastando-se sobre o substrato, ou flutuantes, e passar a influenciar processos e depósitos sedimentares que aí ocorrem.
Em vários lugares da Terra, geleiras entram em contato com o mar, no fundo ou na boca de entalhes costeiros, dentre os quais os mais conhecidos são os fiordes. Estes tipos de ambiente constituem estuários influenciados por geleiras. Em outros, as geleiras atingem diretamente o mar aberto. As condições relativas a vários fatores ambientais são muito distintas.

Mas o que são esses "fiordes"???
Fiordes são um tipo de estuário glaciado caracterizado por grande profundidade, geralmente cercados por relevo montanhoso escarpado. Sua morfologia é similar à dos vales glaciais e a declividade abrupta de suas paredes sugere ação intensa da abrasão glacial.
A submergência pós-glacial dos fiordes atuais não explica a sua grande profundidade, resultante da intensa erosão glacial, ao longo de vales pré-existentes.

What is a fjord | NORWEGIAN FJORDS - Western Norway


Onde existem fiordes???
Fiordes existem hoje nas costas de várias regiões, como: Noruega, Chile, Canadá e Antártica. Limitados a latitudes acima de 45º.

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Conteúdo tirado do livro "Decifrando a Terra" para fins educativos.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Islândia

Vamos falar um pouco de um país, ligeiramente diferente de todos os outros. Além de ser uma boa opção de pesquisa para os Geólogos. Eu, pessoalmente, já estive por lá. E aconselho a todos passarem por essa experiência.

rock formation surrounded with water

A geologia da Islândia é única e de particular interesse para os geólogos. A Islândia fica na fronteira divergente entre a placa da Eurásia e a placa da América do Norte. Também fica acima de um ponto de acesso, a pluma da Islândia. Acredita-se que a pluma tenha causado a formação da própria Islândia, a ilha aparecendo pela primeira vez sobre a superfície do oceano cerca de 16 a 18 milhões de anos atrás. O resultado é uma ilha caracterizada por vulcanismo repetido e fenômenos geotérmicos, como gêiseres.

A erupção de Laki em 1783 causou muita devastação e perda de vidas, levando a uma fome que matou cerca de 25% da população da ilha e resultou em uma queda nas temperaturas globais, quando o dióxido de enxofre foi expelido no Hemisfério Norte. Isso causou falhas de safra na Europa e pode ter causado secas na Índia. Estima-se que a erupção tenha matado mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo.

A estrutura tectônica da Islândia é caracterizada por vários centros sismicamente e vulcanicamente ativos. A Islândia é delimitada ao sul pelo segmento Reykjanes Ridge do Mid-Atlantic Ridge e ao norte pelo Kolbeinsey Ridge. A fenda na parte sul da Islândia concentra-se em duas principais zonas de fenda paralela. A fenda da península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, é a continuação terrestre do cume de Reykjanes que se conecta à zona vulcânica ocidental (WVZ). A Zona Vulcânica Oriental (EVZ), mais ativa, representa um salto na fenda, embora não esteja claro como ocorreu a propagação para o leste da principal atividade de fenda. O deslocamento entre a WVZ e a EVZ é acomodado pela Zona Sísmica do Sul da Islândia, uma área caracterizada por alta atividade de terremotos. A EVZ faz a transição para o norte para a Zona Vulcânica do Norte (NVZ), que contém o vulcão Krafla. O NVZ está conectado ao cume de Kolbeinsey pela zona de fratura de Tjörnes, outro grande centro de sismicidade e deformação.

long exposure photography body of water

Geleiras cobrem cerca de 11% da Islândia; facilmente o maior deles é Vatnajökull. Como muitas geleiras se sobrepõem a vulcões ativos, as erupções subglaciais podem representar riscos devido a inundações repentinas produzidas pela água derretida glacial, conhecida como jökulhlaup. As geleiras islandesas geralmente recuam nos últimos 100 anos; Vatnajökull perdeu até 10% do seu volume.

Profissão - Parte 1

Vamos lá estudante de Geologia! Vamos dar mais razões para você seguir em frente, ou se ainda não começou, pôr as mãos nos livros.

Profissão Geólogo. Parece que o estudante vai terminar o curso com 95% de chances de acabar não atuando na área, e 5% de chances de trabalhar na Petrobrás ou dando aula de Geografia em alguma escola.
Pode continuar estudando tranquilo. Vamos falar aqui frequentemente sobre as áreas de atuação do geólogo, que apesar das piadas internas, são muitas. Ah! E vale lembrar que não estou julgando a licenciatura em Geografia, é uma ótima profissão. Mas muitas vezes, o Geólogo, depois de seis anos na faculdade, deseja trabalhar no campo.

Vamos começar falando da área governamental.
Muitos municípios precisam de um profissional capaz de analisar um terreno para fazer suas obras, para mover morros, ou até mesmo instruir o alisamento de relevos. O Brasil possui mais de  5500 municípios. Ou seja, a todo momento há a necessidade de geólogos pelo país.
A questão da exploração de combustíveis fósseis, no Brasil, é também do Governo. Nossa querida "galinha dos ovos de ouro", a Petrobrás possui uma vasta área de exploração de petróleo e gás para ser analisada e trabalhada.
E, por fim, o geólogo, com a devida certificação, pode dar aulas em escolas ou faculdades públicas.

No setor público, o campo é monstruoso. Vou apenas mencionar, por enquanto, a mineração. Temos a Vale, uma das 5 maiores mineradoras do Mundo. O tempo todo precisando de profissionais da terra.
Sem falar que o Brasil é o país mais rico em recursos naturais do planeta, ele também tem absolutamente todos os elementos químicos da Tabela Periódica. Não importa o que outros digam por aí. Aqui se necessita Geólogos.

brown stairs photography

Exploramos: Nióbio, Ferro, Alumínio, Amianto, Bentonita, Vermiculita, Ouro, Estanho, Manganês, e vou parando por aqui porque isto aqui é um Blog e não um dicionário.

Tudo isso só para quem pretende seguir a carreira 100% no Brasil. Mais pra frente vamos falar da carreira do Geólogo no exterior. Onde ele, inclusive, pode ser Paleontólogo.

brown concrete wall

terça-feira, 7 de abril de 2020

Faculdade - Onde Estudar?

Onde podemos estudar Geologia no Brasil?

Para estudar Geologia no Brasil ha que passar em uma faculdade pública (com puquíssimas exceções). Praticamente só instituições públicas de ensino disponibilizam Ensino Superior em Geologia no país.

Hoje, as instituições disponíveis são:

Universidade de Brasília (UnB)
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Universidade Federal de Belo Horizonte (UFMG)
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Unisinos
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)
Universidade de São Paulo (USP)

As chances de alguma dessas estar até duas horas de ônibus/van de você são altas.
Temos muitas opções. Eu, pessoalmete, aconselho você a dar uma visitadinha no Campus de Geologia da Unicamp. É maravilhoso, de deixar boqueaberto.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Sismologia - O que é?

O que é esse campo da Geologia?

A Sismologia, que é um assunto que vamos abordar mais vezes, é a área da Geologia que estuda os movimentos sísmicos da Terra.
"Ciência dos terremotos" e estuda as causas e efeitos, desde pequenas pulsações até o fenômeno natural mais catastrófico dentro da Terra. Os métodos são classificados em duas divisões com base na fonte de energia das ondas sísmicas. A sismologia de terremotos é causada por ondas de choque naturais de terremotos e deriva informações sobre propriedades físicas, composição e a estrutura interna bruta da Terra.

brown concrete platform

Como os oceanos cobrem a maioria dos limites de placas, os terremotos ocorrem principalmente no fundo do mar. Isso fornece um forte incentivo para observar e estudar terremotos no mar perto das fontes. A modelagem da estrutura de velocidade sísmica fornece um esquema básico para entender os processos ativos em andamento, bem como a história. Atualmente, a modelagem em escala global do interior profundo da Terra é limitada pela falta de dados sísmicos de banda larga do fundo do oceano.

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Informação retirada, para fins educativos, do livro:
International Handbook of Earthquake and Engineering Seismology

domingo, 5 de abril de 2020

Granulometria - Quanto mede um grão de areia?

Areia é um conceito relativo ao tamanho do grão. O estudo ou medida do tamanho do grão recebe o nome de granulometria. De acordo com a escala de granulometria mais utilizada hoje para classificar sedimentos, um grão de areia possui entre 2 e 0,062mm. Os qualificativos para referir-se aos materiais sedimentares formados predominantemente por cada uma das três faixas granulométricas principais são:

- rudáceo (de rude, grosso), pra granulação e cascalho
- arenáceo (de arena), para areia
- lutáceo (de luto, massa fina e plástica), para lama

Estes termos, de etimologia latina, têm equivalência com outros termos, de origem grega: psefítico, psamítico, e pelítico. Para referir-se a depósitos endurecidos (rochas sedimentares), acrescenta-se o sufixo "ito" aos mesmos radicais: rudito, arenito, lutito ou psefito, psamito e pelito.


Conteúdo educativo encontrado no livro: Decifrando a Terra

50º Congresso Brasileiro de Geologia

50º Congresso Brasileiro de Geologia (50° CBG) será realizado de 11 a 15 de outubro de 2020, no Ulysses Centro de Convenções​, em Brasília, com o tema “Geologia e Sociedade: Construindo pontes para um planeta sustentável”. O objetivo é integrar profissionais, academia, estudantes, empresas e sociedade, mediante a realização de palestras, sessões técnicas, incluindo posters, discussões, cursos e exposições.


Foto tirada da Página do Facebook do 48º Congresso

O universo do ensino, pesquisa e extensão se ampliou, juntando-se aos pioneiros novos núcleos de pesquisa e novos cursos de Geologia, Engenharia de Minas e outros em áreas afins nas universidades federais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás e em diversos institutos federais recentemente instalados na região. A eles se soma o Curso de Geofísica, criado há 10 anos na UnB. Há, portanto, muita coisa para mostrar e discutir, a que certamente serão adicionadas as informações e novidades alcançadas em anos recentes no restante do País.
O sucesso deste importante evento técnico-científico se dará com a participação de geólogos e geocientistas de todo Brasil, que tornarão a Capital Federal também a capital nacional da Geologia em 2020.

Quais são os equipamentos que um Geólogo precisa?

Aqui vai um texto que retirei da CPRM, o Serviço Geológico do Brasil.

"O principal instrumento de trabalho do geólogo é o martelo de geólogo. Ele é um símbolo da profissão. Trata-se de um martelo diferente, próprio para quebrar rochas e minerais. Com cabo revestido de náilon para permitir que seja seguro com firmeza, é fabricado com uma liga metálica especial de alta resistência, que sofre desgaste mas sem soltar lascas ao ser usado. O martelo de geólogo é inquebrável em uso normal e é formado por uma peça só, não tendo cabo separado do resto.
Outro instrumento que o geólogo sempre leva para o campo é a bússola, usada não apenas para se orientar mas também para medir a direção e inclinação (mergulho) de camadas, veios e fraturas. A bússola de geólogo possui um clinômetro, dispositivo para medir inclinações e que permite também, através de um cálculo trigonométrico simples, determinar a altura de um morro, edifício, etc.
caderneta de campo é fundamental para o geólogo. Nela, ele anota tudo que vê de importante, marca as distâncias percorridas, descreve paisagens, rochas, minerais e fósseis, a direção e o mergulho das camadas, desenha afloramentos, registra as hipóteses de trabalho, etc.
Os mapas topográficos são também indispensáveis quando se vai fazer um mapa geológico. Neles, o geólogo anota os pontos visitados, as estradas percorridas e representa com diferentes cores, os locais correspondentes às diferentes rochas que encontrou. No trabalho de pesquisa mineral, o geólogo pode ir para o campo com um mapa geológico já pronto, para detalhar melhor as informações que ele contém.
As fotografias aéreas são extremamente úteis antes do trabalho de campo e durante sua execução. No escritório, elas são usadas para separar os diferentes tipos de rocha (com base nas variações de cor e textura), que podem ou não ser bem identificados nessa fase. Depois, no campo, faz-se uma verificação, visitando alguns locais para confirmar se a separação feita no escritório está correta. Elas servem, além disso, para o geólogo se orientar, localizar estradas, vilas, rios, morros, etc.
Máquina fotográfica é também importante, porque uma foto pode dar informações que nem o melhor desenhista poderia colocar na caderneta de campo e um número de dados muito maior do que a melhor descrição escrita.
Uma lupa de dez aumentos é igualmente importante para identificar minerais que aparecem na forma de grãos muito pequenos. Ela costuma ser amarrada num cordão e levada no pescoço, porque é pequena e usada com freqüência.
Esse equipamento todo e, às vezes, amostras de rocha, são carregados numa mochila, outro equipamento importante para o geólogo.
Dependendo do tipo de pesquisa de campo, pode ser necessário também um cintilômetro, aparelho que mede a radioatividade natural das rochas e que serve tanto para separar seus diferentes tipos como para procurar minérios radioativos. Se a área a ser pesquisada tem uma extensão muito grande,usa-se um cintilômetro transportado por avião, que lê registra automaticamente a radioatividade.
magnetômetro serve para as mesmas finalidades que o cintilômetro, mas mede o magnetismo das rochas, não a radioatividade. Também ele pode ser portátil ou aerotransportado.
Como equipamento útil mas nem sempre necessário, podem ser citados também ácido clorídrico (para identificar minerais como a calcita e rochas como o mármore e o calcário), canivete (para testar a dureza de minerais), fita adesiva (para identificar as amostras de rocha coletadas), cantil, estojo de primeiros socorros, óculos de proteção, réguas, ímã e outros. Outros materiais e objetos podem se mostrar necessários, dependendo da região e das preferências individuais do geólogo.
Em regiões de difícil acesso, como a Amazônia ou desertos, é importante o uso de rádio transmissor-receptor, soro anti-ofídico e um equipamento inventado há pouco tempo mas que hoje já corriqueiro, o GPS (Global Positioning System).
O GPS é um aparelho que capta sinais de satélites que estão em órbita em torno da Terra e informa as coordenadas do local onde se está. Ele é extremamente útil para regiões de mata fechada, desertos ou áreas com poucas estradas. Também é importante quando os mapas da região onde se está trabalhando são muito antigos e desatualizados.
Esse equipamento todo costuma ser fornecido pela empresa para a qual o geólogo trabalha, mas o martelo e a lupa são instrumentos indispensáveis já durante o curso, de modo que, quando se forma, todo geólogo costuma ter o seu."

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Este blog é destinado a todos os estudantes, profissionais, e entusiastas da Geologia. Aqui haverá informação, curiosidades, conteúdo acadêmico, dicas e notícias.

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